
Recentemente foi publicado um estudo na “Pest Management Science” apresentando o primeiro monitoramento em larga escala da suscetibilidade da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) a inseticidas.
Para isso, foi avaliada a suscetibilidade de populações desse inseto-praga coletadas nas principais regiões comerciais de cultivo de milho do Brasil durante as safras 2021-2022 e 2022-2023, através do uso de bioensaios de concentração-mortalidade e de concentração diagnóstica.
De maneira geral, foi verificado maior suscetibilidade a inseticidas do Grupo 1A e Grupo 1B. Já para determinados inseticidas do Grupo 3A e 4A, foi observado redução de suscetibilidade nas populações avaliadas. Importante destacar que independente do inseticida, a suscetibilidade da cigarrinha-do-milho é uma característica local/regional, apresentando resultados variados entre as regiões geográficas estudadas.
O artigo destaca a resistência aos inseticidas como um fator que pode contribuir para os problemas crescentes com D. maidis no Brasil. Sobretudo devido ao sistema intensivo de produção de milho, levando ao plantio contínuo da cultura e criando uma 'ponte verde' que favorece o aumento na densidade populacional da praga, refletindo em um aumento na pressão de seleção com o uso de inseticidas. Os resultados apresentados podem contribuir para a tomada de decisões no campo e para o manejo da cigarrinha-do-milho.
Este trabalho é decorrente da parceria entre o Laboratório de Resistência de Artrópodes da ESALQ/USP, o IRAC-BR e a CropLife.
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