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Cepea vai estudar prejuízos econômicos causados pela resistência de pragas


Durante o workshop "Resistência - impactos econômicos na agricultura e construção de uma pr/oposta de manejo", realizado pela Agropec Consultoria nesta quarta-feira (18/11) em São Paulo, a pesquisadora do departamento de economia da Esalq/USP, Silvia Helena Galvão de Miranda, afirmou que a instituição irá estudar como a resistência de pragas causa prejuízos em toda a cadeia do agronegócio.


Desde 2009, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) analisa o impacto econômico que as pragas em geral causam no setor. Com a mesma metodologia, a partir de 2016 deverá quantificar os impactos evidentes de perdas como a defasagem de tecnologias agrícolas, prejuízos e quebras de safras, entre outros, todos causados pela resistência de insetos, plantas daninhas e micro-organismos a defensivos químicos. Em seis meses os primeiros resultados devem aparecer.


Ela reforça que esse estudo não será feito de forma empírica, mas com coleta de dados e aplicação de fórmulas. Outros países como os Estados Unidos e alguns da União Europeia estudam essa questão há algum tempo e já têm resultados concretos, que mostram que a resistência de pragas aos químicos já causam resultados negativos na casa dos milhões de dólares.


Entretanto, ela pondera que o processo esbarra na coleta de dados, que é deficiente. "O país é muito grande, quem está no campo acaba não dando a atenção às informações que aparecem no campo e que deveriam ser repassadas a pesquisadores. O mesmo acontece com a 'devolução' desse conhecimento para os produtores, que não têm acessos às diversas pesquisas". Ela citou em sua palestra no workshop que a diminuição de verbas para pesquisa também deverá prejudicar a coleta, que é um processo caro e demorado.


Glifosato


Um dos principais tópicos a serem estudados é a possibilidade de proibição do glifosato, um dos herbicidas mais utilizados no Brasil e no mundo, e de como isso afetaria economicamente o setor.


"É um aspecto relevante a ser estudado porque tem potencial de envolver muitas pessoas e culturas agrícolas. O glifosato estará no nosso foco pela sua relevância", adianta a pesquisadora.



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