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Seminário realizado em Salvador apresenta Boas Práticas Agrícolas no Uso de Agrotóxicos


Ao iniciar uma lavoura, logo se pensa nos cuidados básicos como escolha do lugar da cultura, seleção das sementes ou mudas, equipamentos, insumos, mão-de-obra, entre outros. Mas é preciso plantar com consciência e segurança para colher alimentos saudáveis e obter o melhor resultado econômico. Os agrotóxicos são muito importantes para proteger as culturas do ataque de pragas, doenças e plantas daninhas, mas podem oferecer riscos quando usados de forma inadequada.


Foi pensando em promover o uso adequado de agrotóxicos e em fornecer orientações básicas que o 13º Encontro de Fiscalização e Seminário de Agrotóxicos (ENFISA 2015) apresentou uma mesa-redonda sobre “Boas Práticas no Uso de Agrotóxicos”, sob coordenação de Rosilene Souto (SDC/MAPA). A intenção foi apresentar iniciativas de sucesso para promover o uso correto dessas tecnologias, de modo a conciliar a prevenção dos danos causados por organismos nocivos, a segurança do ser humano e do meio-ambiente.


A mesa-redonda foi dividida em quatro partes. A primeira foi apresentada por Gisele Grilli, do SDC/MAPA, que mostrou a situação atual da produção integrada de frutas e hortaliças no Brasil. Ela mostrou que a Produção Integrada é um processo de certificação voluntária no qual o produtor interessado tem um conjunto de normas técnicas específicas a seguir, as quais são auditadas nas propriedades rurais por certificadoras acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Ao certificar, os produtores têm a chancela oficial do MAPA e do Inmetro em seus produtos, mostrando que estão de acordo com práticas sustentáveis de produção e, consequentemente, são mais saudáveis para o consumo, garantindo ainda menor impacto ambiental do que produtos convencionais e a valorização da mão de obra rural”, afirma.


A moderadora Rosilene Souto acrescentou que é importante salientar que a Produção Integrada Agropecuária pode ser adotada por qualquer produtor, independente do seu porte e que a certificação de pequenos e médios produtores na PI Brasil pode ser custeada por entidades parceiras do MAPA. “A adesão é voluntária, porém o produtor que optar pelo sistema terá que cumprir rigorosamente as orientações estabelecidas”, explica.


Em seguida, Luiz Antônio Palladini da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) apresentou o programa de certificação de pulverizadores que tem como objetivo avaliar o funcionamento dos pulverizadores utilizados nos tratamentos fitossanitários, melhorar as condições de uso dos mesmos e cumprir as exigências do sistema de produção. O palestrante mostrou que o principal benefício do programa é o lucro indireto com a confiança do consumidor sobre o uso de agrotóxicos em quantidades conhecidas e seguras.


A terceira parte da mesa redonda foi apresentada por Daniel Petreli da Silva, da Jacto, e Francisco de Assis Filho, da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi). Eles mostraram soluções para o armazenamento de pequenas quantidades de agrotóxicos em propriedades rurais. Segundo os palestrantes, o armazenamento de agrotóxicos deve seguir normas de segurança, independente da quantidade.


Finalizando a mesa-redonda, Herbert Siqueira, da Universidade Federal Rural de Pernambuco e membro do Comitê Brasileiro de Ação à Resistência de Inseticidas apresentou a palestra “A importância de medidas legislativas como ferramenta de manejo à resistência de pragas”. Durante a apresentação, Herbert mostrou que a evolução da resistência de pragas a pesticidas tem sido um dos grandes entraves em programas de manejo integrado de pragas em diversas culturas. Dentre as consequências da resistência estão a aplicação mais frequente de produtos, uso de dosagens acima da recomendada no rótulo ou na bula do produto, uso indevido de mistura de produtos, e mudança de produto (geralmente para um produto mais caro e/ou mais tóxico) na tentativa de se obter um controle satisfatório de uma determinada praga.


O ENFISA 2015 foi coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em conjunto com a Agência estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). Além disso, contou com o apoio das seguintes instituições: SBDA – Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, ANDEF, Associação Nacional de Defensivos Genéricos (AENDA), Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG), Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (ABIFINA), União dos Fabricantes Nacionais de Produtos Fitossanitários (UNIFITO), Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) e CREA-BA.


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