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Manejo da Resistência a Inseticidas – um assunto estratégico para a agricultura brasileira


O desenvolvimento de uma tecnologia para controle de pragas, seja um inseticida convencional ou uma planta que expressa proteína(s) com ação inseticida, requer anos de trabalho e investimentos expressivos em pesquisa. Essas tecnologias contribuem para que os agricultores brasileiros tenham como manter seus atuais níveis de produtividade pois, por sua dimensão continental e disponibilidade de terras agricultáveis ao longo de praticamente toda a sua extensão, o Brasil tem uma das maiores pressões por insetos e ácaros do mundo.


O problema é que qualquer tática de controle pode ser comprometida devido à seleção de indivíduos resistentes, caso estratégias de manejo de resistência não sejam implementadas. Ao se reproduzirem, esses indivíduos transmitem os genes responsáveis pela resistência aos seus descendentes e, gradativamente, a população vai se tornando menos sensível. O resultado é a retirada precoce da tecnologia da prateleira, com prejuízos tanto para indústria quanto para os produtores.


Para discutir essa problemática e buscar estratégias para o efetivo manejo da resistência, profissionais do Brasil, União Europeia, Estados Unidos e Argentina se reuniram esta semana em Brasília. Fábio Andrade, presidente do Comitê Brasileiro de Ação à Resistência de Inseticidas (IRAC-BR), comenta que “A implementação do Manejo da Resistência a Inseticidas é imperativa, sob o risco do agricultor brasileiro ficar sem tecnologias para combater pragas que reduzem a produtividade”. Segundo Andrade, aspectos regulatórios, científicos e sanitários, entre outros, tornam o manejo da resistência a inseticidas um problema da mais alta complexidade no Brasil.


A resistência é a regra e, a ela, não há exceções. “O uso continuado da mesma técnica de controle irá, inevitavelmente, levar à seleção de indivíduos resistentes e à perda de eficácia. Nosso desafio é propor medidas exequíveis nas condições brasileiras que retardem a resistência”, comenta Celso Omoto, professor da Universidade de São Paulo.


Fonte: IRAC-BR


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